terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Capítulo cento e quatorze

Assim que chegamos em São Paulo me despidi dos meninos, e do resto da banda, peguei um táxi e pedi pra ir a um hotel que eu conhecia em São Paulo. Pipoca olhava tudo na janela, e latia quando via alguma coisa estranha, acabei rindo e me juntando com ele, vendo o centro e o trânsito que já era normal naquela cidade. Senti meu celular vibrando dentro da bolsa, peguei e olhei na tela, Rober me ligava, dicerto queria que eu já fosse pro escritório trabalhar.
Ligação ON:
Isa: Oii, Rober já tô em São Paulo.
Rober: voce ta dirigindo?  - a voz dele tava estranha, ele tava estranho
Isa: peguei um táxi,  porque? Ta tudo bem?
Rober: vem pra casa do Luan, por favor.
Isa: oque aconteceu?
Rober: vem pra cá Isa, não vou conseguir falar por telefone. Ele precisa de você é sério. – ele parecia nervoso e aquele aperto no coração voltou, algo dizia que eu precisava ir voando pra lá.
Isa: tô chegando.
Ligação OF
Pedi pro taxista trocar a rota e ir pra casa do Luan, nem eu e nem o Pipoca conseguíamos ficar quieto dentro do carro. A gente tava perto, em menos de vinte minutos eu tava na frente da casa dos Santanas. Paguei o taxista, peguei minhas coisas e o Pipoca e toquei a campainha, foi a Bruna que abriu a porta, com uma carinha enorme de choro.
Isa: o meu Deus Bruninha, oque ta acontecendo? – abracei ela de lado e o Pipoca lambia o braço dela.
Bruna: entra, a gente te explica na sala.
Dei o Pipoca pra ela, peguei minha mala e fechei a porta, deixei tudo num canto e fui pra sala com ela, tava os pais do Luan e o Rober sentado, dei um abraço em cada um e sentei num sofá do lado da Bruna.
Isa: oque ta acontecendo gente?
Rober: eu vou tenta te explica, é tudo muito recente.
Isa: fala Rober. – olhei pros lados e voltei a olhar pra ele – cadê o Luan?
Rober: hoje a gente tava voltando de Goiânia, saímos de lá a tarde, e durante o vôo a gente tava chegando já ... – ele abaixou a cabeça e respirou fundo, eu olhava pra todos e já choravam, ele voltou a me olhar – e começou uma turbulência terrível ... – ele começou a chorar nunca tinha visto ele assim, meu coração doia e doia mais ainda em saber que podia ter acontecido acontelguma coisa com eles, com meu Luan.
Isa: cadê o Luan?
Amarildo : no quarto dele.
Rober: ele precisa de você Isa. – ele tava com uma voz de choro e os olhos vermelhos.
Não esperei mais nada, subi as escadas correndo, eu precisava ver ele, precisava ver se ele tava bem, entrei no quarto dele e não tem encontrei ninguém,  mais vinha um barulho do chuveiro, abri a porta devagar e podia escutar o barulho do choro dele também.
Ele tava em baixo do chuveiro ligado, de roupa com os braços apoiado nos azulejos e o rosto no meio dos braços, me doeu o ver assim, não pensei duas vezes, tirei meu tênis e entrei no box, ele quando me viu? Se assustou mais o abracei forte, ele afundou o rosto na volta do meu pescoço e chorava de soluçar, apertei forte ele em meus braços
Luan: eu tive tanto medo de não te ver mais. – ele levantou o rosto me olhando, seus olhos tavam vermelhos e inchados, cabelo molhado e caído no rosto. Me doia ver eele assim tão frágil,  colei minha testa na dele e o olhei nos olhos.
Isa: esquece isso, eu to aqui! – ter ele tão perto assim, aqueles labios carnudos que eu tinha tanta saudade, deixei minhas mãos uma em cada lado do rosto dele, nos dois estávamos frágil e como se ele adivinhasse me puxou tocando nossos labios, meu coração batia doido de saudade, naquele momento eu esqueci tudo, e o beijei com vontade, demonstrando toda a saudade que eu tava dele, e tentando passar toda força pra ele esquecer tudo que aconteceu.
Ele me apertava nos braços dele, paramos os beijos com selinho ele encostou a testa na minha e fechou os olhos.

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